“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-16).
No Evangelho deste domingo temos essa famosa passagem conhecida por todos nós. Mas o que é ser sal da terra? O que é ser luz do mundo? Por que sal e luz?
São duas palavras que trazem um valor simbólico muito importante. O sal ele não é um tempero, mas sim sua função dentro da culinária, serve para realçar o sabor dos alimentos e de seus temperos. O sal também é transparente quando adicionado em algum alimento, porém por mais invisível que ele esteja no alimento a sua percepção é nítida.
Quando Jesus diz para sermos sal da terra lembro muito de uma carta antiga do cristianismo chamada: “A carta a Diogneto”. Nessa carta, o autor escreve que os cristãos são a alma do mundo, a alma sendo transparente não sabe onde está no corpo, mas ela está nele, do mesmo modo os cristãos estão no mundo, eles vivem fazendo o bem em segredo. O sal então não se vê, mas é importante.
Irmãos, ao fazer as poucas coisas boas, as faça bem, mas não se vanglorie, não precisamos fazer self de tudo quando estamos fazendo o bem. Sejamos sal, temperemos o mundo de Jesus, mas não nos vangloriemos por isso.
A seguir Jesus nos diz para sermos Luz do mundo. Luz que não é nós mesmos, mas luz que irradia do ardente amor que temos por Deus. Essa luz serve para iluminar a quem esta a nossa volta, é uma luz de positividade, de bondade, de calmaria e de leveza. Às vezes vivemos num mundo tão carregado de tantas coisas, que necessitamos de pessoas que “descarregue” o nosso peso, que ilumine aquilo que, em nós, está escuro. E isso cabe a nós cristãos, cabe sermos esse ponto de “descarrego” e de “iluminação” para as pessoas.
Quando olho para a vida de Francisco, percebo tanto essa “iluminação”, pois antes mesmo de Francisco morrer já havia quase 5 mil frades na Ordem – assim diz as fontes. Quantas pessoas foram atraídas por essa luz e esse sabor de Francisco? Irmãos, deixemos ser sal e luz do mundo, não por nós mesmo, mas sim por aquele que é o autor de todo o sabor e de toda luz: Deus.
Paz e Bem, Frei Jhones