O Evangelho desse final de semana é marcado por aquilo que conhecemos como “o início da vida pública de Jesus”, pois no versículo 17 diz: “Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo” (Mt 4, 17).
A vida pública de Jesus começa com a pregação sobre o Reino de Deus. Mas afinal o que é o Reino? O Reino é a mensagem de Jesus Cristo, ou seja, o Reino é Ele mesmo. O Reino é justiça, amor e paz, que é o próprio Cristo. Porém, Jesus quer que seu Reino seja feito por todos, então logo após esse anúncio, o Evangelho mostra dois chamados: o de Simão e André e depois de Tiago e João.
Nestes chamados tem uma coisa que me provocam a atenção, pois assim que Jesus os chama, o Evangelho diz que eles largam tudo e vão. Como assim? Imaginemos irmãos, Jesus vem e diz: “Segue-me” e vocês largam tudo e vão. Não parece estranho? Só conseguimos entender esse chamado de Deus se deixarmos a razão de lado e colocarmos em evidência a fé.
A fé nos atrai, nos joga. A fé é como se fosse uma paixão. Quando estamos apaixonados por alguém, nos jogamos na direção da pessoa amada. E a paixão é algo que não planjamos, simplesmente nos apaixonamos e simplesmente nos entregamos. Os discípulos se entregaram porque sentiram paixão por Cristo. Apaixonaram-se por Cristo e foram.
Então, para vivermos no Reino de Deus precisamos estar apaixonados por Cristo e por seu Evangelho. A Paixão nos dá animo em meio a um mundo tão desapaixonado em levar a boa nova do Evangelho a todos. Precisamos lançar “paixão” ao mundo, precisamos levar a esperança de que um mundo novo em Cristo é possível.
Esse mundo novo em Cristo é o Reino de Deus, reino esse que é apaixonante e abriga pessoas apaixonadas por seu projeto. Quando olhamos para Francisco, percebemos seu olhar apaixonado por Jesus Cristo. Francisco foi tão apaixonado que fora chamado algumas vezes de louco, pois quando estamos apaixonados comentemos loucuras de amor. Francisco chorava de amor pelo Cristo; fazia penitência por amor a Cristo; servia aos pobres e beijava o leproso por amor a Cristo. Irmãos, sejamos apaixonados por Cristo para podermos viver seu Evangelho em um mundo cada vez mais desapaixonante.
Paz e Bem, Frei Jhones