Nós estamos ao tempo todo fazendo escolhas para as nossas vidas, sejam elas no âmbito profissional, familiar, pessoal, religiosa. Entretanto essas opções na qual escolhemos está acarretada de consequências, ou seja, uma escolha que eu faço dentro dela está questões que modificará e transformará a minha vida e as pessoas que estão ao meu redor para sempre. Há ainda aquelas escolhas que eu costumo dizer que são irreparáveis, ou seja, uma vez feita jamais pode ser desfeita. É sobre essas escolhas irreparáveis que quero começar a reflexão sobre esse evangelho de domingo que tem como tema central uma lista de coisas com a qual, nós cristãos, todos os dias no debatemos: amar o inimigo, bendizer a quem nos odeia, dar a outra face, dar o que te pedir, amar aqueles que não nos amam, fazer o bem e emprestar algo sem esperar recompensas ou algo em troca, ser misericordioso, não julgar, não condenar, perdoar e por fim “a mesma medida com que medires sereis medido”. Essa lista de conselhos que Jesus nos propõe como modelo de vida. Quando somos batizados somo configurados a Cristo, ou seja, somos colocados dentro de um projeto. Porém você pode estar se perguntando: “Eu era novo e não sabia de nada disso”, mas fomos crismados, confirmamos perante todos que aceitamos o projeto de Jesus.
Esse projeto não é fácil, mas não é impossível, pois somos penetrados pelo Espírito Santo. Os sete dons do Espírito Santo são na realidade ferramentas para que possamos desempenhar esse projeto de Jesus. Pedir a luz do Espírito Santo é pedir para cada vez mais ser autênticos cristãos, a cada vez que fizerem mal a nós, peçamos o dom da Fortaleza para sermos fortes em Deus; se batem a nossa face ofereça a outra pedindo o dom da Sabedoria para não revidar; quando pedirem algo a nós não esperemos a recompensa pedindo o dom do Entendimento pois aos olhos humano sempre esperamos algo em troca; sejamos mais misericordioso clamando ao Espírito o dom da Piedade; que o dom do Conselho nos ajude a perdoar e ser prudente ao invés de reclamar e blasfemar; pedindo o dom da Ciência para iluminar as nossas faculdades intelectuais para não julgar pela aparência e por fim pedir o dom do Temor a Deus para não medirmos os outros com as nossas medidas, mas sim com a medida do Evangelho.
Para terminar cito São Francisco quando ele escreve um bilhete pedindo a Santo Antônio para que ele ensine a sagrada teologia aos frades. Nesse pedido São Francisco além de autorizar Santo Antônio a ser professor de teologia, ele faz uma recomendação para que em tudo “Não se perca o Espírito de Oração e Devoção”, ou seja, todas as vezes em que fizermos da nossa vida o “projeto” de Jesus, nunca percamos o Espírito (os seus dons) de Oração (Contemplação) e Devoção (ação de devolver tudo a Deus pois nada é nosso).
Paz e Bem!