Ser voluntária do 3° Encontro Nacional Franciscano de Juventudes certamente foi uma das experiências mais incríveis e desafiadoras de toda a minha caminhada cristã. Eu vi de perto a face do Cristo Ressuscitado em cada sorriso, gargalhada, lágrima e abraço; em cada sotaque daqueles 650 jovens envolvidos no encontro.
Admito que os meses de preparação foram repletos de desafios, não foi fácil me convencer que Deus cuidava de tudo mas aprendi, com o ENFJ, que todos esses desafios aconteceram para entendermos que SIM, a juventude é capaz de revelar a Cristo através dos ideais de São Francisco e Santa Clara de Assis para todos que estão a sua volta e que isso é feito, muitas vezes, de uma forma muito natural com um simples “bom dia”, com um sorriso e tantos gestos simples presenciados nesses quatro incríveis dias de encontro. Essa mesma juventude entende que para propagar ainda mais esse ideal franciscano é necessário ser uma igreja em saída e ir até aquele irmão que precisa conhecer o Evangelho e o Cristo que vive em cada um de nós.
Vivenciar o 3° ENFJ só fez aumentar o amor e o anseio em viver o Evangelho. É fantástico estar em meio a jovens que possuem os mesmos ideais, os mesmos compromissos e se empenham para viverem os mesmos princípios de amor e misericórdia ao próximo, livres de qualquer tipo julgamento.
Confesso que se aproximando a data do encontro, o cansaço já tomava conta de todos e as noites mal dormidas contribuíam para isso. Na semana do encontro eu estava exausta e o meu pedido a Deus (muito mesquinho, admito) era que o encontro chegasse logo para que mais rápido ainda ele acabasse e eu pudesse descansar.
Hoje, passados duas semanas do fim do encontro, me arrependo amargamente desse pedido a Deus, e minha maior vontade era que eu pudesse voltar no tempo e vivenciar toda aquela magia novamente. Queria eu poder novamente ter a maravilhosa experiência de conviver com um Deus que veio de cada canto desse enorme Brasil, de um Deus que morou na minha casa durante uma semana, Deus esse que veio do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Gostaria novamente de ver o convento da Penha se tornar a Porciúncula, onde o carisma franciscano tomou conta da juventude de todo o país e esses jovens reconstruíram a Igreja de Cristo dentro do seu próprio coração e, certamente também, dentro do coração de todas as pessoas que foram abraçadas por esse ideal, mostrando que Deus faz morada em cada um de nós.
Mariana Daleprani
Vila Velha/ES